17 de fevereiro de 2011

Entendendo as Kids

TEORIA PSICOSSOCIAL

O que é?
A teoria do desenvolvimento psicossocial de Erik Erikson prediz que o crescimento psicológico ocorre através de estágios e fases, não ocorre ao acaso e depende da interacção da pessoa com o meio que a rodeia. Cada estágio é atravessado por uma crise psicossocial entre uma vertente positiva e uma vertente negativa, mas é essencial que se sobreponha a positiva. A forma como cada crise é ultrapassada ao longo de todos os estágios irá influenciar a capacidade para se resolverem conflitos inerentes à vida. Esta teoria concebe o desenvolvimento em 8 estágios, um dos quais se situa no período da adolescência:



== Estágios de desenvolvimento ==

O 1° estágio – confiança/desconfiança – (0 - 18 mêses). 
A criança adquire ou não uma segurança e confiança em relação a si próprio e em relação ao mundo que a rodeia, através da relação que tem com a mãe. Se a mãe não lhe der amor e não responde às suas necessidades, a criança pode desenvolver medos, receios, sentimentos de desconfiança que poderão vir a reflectir-se nas relações futuras. Se a relação é de segurança, a criança recebe amor e as suas necessidades são satisfeitas, a criança vai ter melhor capacidade de adaptação às situações futuras, às pessoas e aos papéis socialmente requeridos, ganhando assim confiança.
O 2° estágio – autonomia/dúvida e vergonha – (18 meses - 3 anos). É caracterizado por uma contradição entre a vontade própria (impulsos) e as normas e regras sociais que a criança tem que começar a integrar. É altura de explorar o mundo e o seu corpo e o meio deve estimular a criança a fazer as coisas de forma autónoma, não sendo alvo de extrema rigidez, que deixará a criança com sentimentos de vergonha. A atitude dos pais aqui é importante, eles devem dosear de forma equilibrada a assistência às crianças, o que vai contribuir para elas terem força de vontade de fazer melhor. De facto, afirmar uma vontade é um passo importante na construção de uma identidade. -Manifesta-se nas "birras"; nos porquês; querer fazer as coisas sozinho.
O 3° estágio – iniciativa/culpa – (3 - 6 anos) é o prolongamento da fase anterior mas de forma mais amadurecida: a criança já deve ter capacidade de distinguir entre o que pode fazer e o que não pode fazer. Este estágio marca a possibilidade de tomar iniciativas sem que se adquire o sentimento de culpa: a criança experimenta diferentes papéis nas brincadeiras em grupo, imita os adultos, têm consciência de ser “outro” que não “os outros”, de individualidade. Deve-se estimular a criança no sentido de que pode ser aquilo que imagina ser, sem sentir culpa. Neste estádio a criança tem uma preocupação com a aceitabilidade dos seus comportamentos, desenvolve capacidades motoras, de linguagem, pensamento, imaginação e curiosidade. Questão chave: serei bom ou mau?
O 4° estágio – indústria/inferioridade –  (6 - 12 anos). A criança percebe-se como pessoa trabalhadora, capaz de produzir, sente-se competente. Neste estágio, a resolução positiva dos anteriores tem especial relevância: sem confiança, autonomia e iniciativa, a criança não poderá afirmar-se nem sentir-se capaz. O sentimento de inferioridade pode levar a bloqueios cognitivos, descrença quanto às suas capacidades e a atitudes regressivas: a criança deverá conseguir sentir-se integrada na escola, uma vez que este é um momento de novos relacionamentos interpessoais importantes. Questão chave: Serei competente ou incompetente?
O 5º estágio – identidade/confusão de identidade – adolescência. É neste estágio que se adquire uma identidade psicossocial: o adolescente precisa de entender o seu papel no mundo e tem consciência da sua singularidade. Há uma recapitulação e redefinição dos elementos de identidade já adquiridos – esta é a chamada crise da adolescência. Factores que contribuem para a confusão da identidade são: perda de laços familiares e falta de apoio no crescimento; expectativas parentais e sociais divergentes do grupo de pares; dificuldades em lidar com a mudança; falta de laços sociais exteriores à família (que permitem o reconhecimento de outras perspectivas) e o insucesso no processo de separação emocional entre a criança e as figuras de ligação. Neste estágio a questão chave é: Quem sou eu?

Desculpem o post imenso, mas quis compartilhar isso, achei bem interessante.
Bjs

2 comentários:

  1. Oii, to te seguindo tb

    Na verdade minha idéia de cuidar de uma criança só, foi mais juntar o util ao agradavel.. Não tenho tempo de procurar uma escolinha ou fazer voluntariado, a maneira que encontrei, foi olhar um menininho enquanto a mãe vai pra faculdade =D
    o bom é que ja vou tendo uma noção de como vai ser ficar com a criança em casa, o que fazer, quais atividades.. é bem legal =)

    Boa sorte pra gente
    Beijos

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  2. Oieee, meeu que legal amiga, adorei o post. e eu tava em falta aqui neé? sou uma anta mesmo hahaha
    eiiiii dps quero saber tudo de como foi la na experimentooo *_*
    e vendo seus gastos e os meus, os meus ainda sao mais caros :S achei qe eeram mais baratos hashash dps a gente compara direitinho...
    eei e o job? conseguiu algo? pq eu tooo na neura com isso tbm.. hahaha
    achei super interessante esses estagios que vc postou, acho vaálido pra quem quer cuidar de criança entender porque ela faz certas coisas. as vezes não é SÓ birra né?
    Então, avanteee futura au paaair hahahahaa
    =DDD

    beijoooo

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